jueves, 12 de septiembre de 2013

Un poema de Carlos Drummond de Andrade

Hoy os dejo un poema del poeta brasileño Carlos Drummond de Andrade, él que proclamaba la libertad de las palabras, creando una modelación poética suya:

Não rimarei a palavra sono
com a incorrespondente palavra outono.
Rimarei com a palavra carne
ou qualquer outra, que todas me convêm.
As palavras não nascem amarradas,
elas saltam , se beijam, se dissolvem,
no céu livre por vezes um desenho,
são puras, largas, autênticas, indevassáveis.


    Carlos Drummond de Andrade, "Consideração do poema", in A Rosa do Povo in Obra Completa, Aguilar, 1964.

Aulas Lusofonia Galiza
 

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